Um chá de camomila

E uma musiquinha

Minhas piores semanas são regadas a chá quente e mãos geladas.

Difícil aceitar essa fase da vida em que um dia ruim nunca vem sozinho. A pausa para respirar fundo e ouvir o silêncio não é mais descanso, é fuga da crise de ansiedade. Aqueles dois minutos antes da água ferver. Mais cinco minutos para a infusão. O mecânico do tempo e do movimento trazendo a sobriedade que o mundo não entrega.

Minha terapeuta me indicou 30 dias de férias. Um amigo me indicou maconha. Bacurau indicou fortes psicotrópicos. Eu queria só um tempo de paz e silêncio. Interno e externo.

Mas quem tem tempo para descansar hoje em dia, né? Só fique sabendo, se você encontrar abril e maio por aí, me devolva porque fui eu que perdi.

É possível respirar, mas eles não querem que a gente se lembre disso.

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Eu não vou mentir dizendo que tenho uma história pessoal com Rita Lee, porque não tenho.

Mas quando estudei história do Brasil, estudei Rita Lee. Quando estudei música, estudei Rita Lee. Quando estudei política, também estudei Rita Lee. Um dos meus tuítes preferidos da rede twitter? Rita Lee.

Ela sempre está lá, imortal. A sensação que fica é que estamos fadados a assistir a queda de todos os nossos deuses, forçados a viver sem todos os mundos que eles continham em si.

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Estou “pocas ideia”, como diz minha mãe. A fase não tá fácil, e eu não tenho tempo nem de descobrir o porquê. Mas vou deixar aqui essa nova música maravilhosa do El Efecto, sem motivo algum, vamos dizer assim.

Que tenha sido um bom fim de semana. E que os próximos dias sejam suaves como aquele cheirinho que sobe do chá que acabou de ser feito.

Tome a última dose de vacina, e se cuida!