Não só escrevi, como um tempo depois ele foi publicado. E recebi pela publicação dele. Colocar todos esses fatos juntos assim sempre me causa estranheza ahahha
Não tenho uma relação lindíssima com a escrita de ficção que muitas pessoas próximas e queridas têm, sinto que me falta a dedicação a longo prazo, meu impulso é sempre esse aqui, derramar meus anseios em tecladas furiosas e ímpeto curto. Quem sabe a idade me traga mais paciência?
Bom, enquanto não descubro, fiquem com a leitura, juro que é curtinha!
O coven estava sob ataque!
E os mais jovens eram sempre os principais alvos. Fazia algumas horas que a mais nova apresentava febre e dificuldades para respirar. No entanto, nada era páreo para a força delas em conjunto, e o chamado teve resposta instantânea. O primeiro contato foi com a integrante mais antiga, que chegou imediatamente através de projeção astral.
As outras apareceram aos poucos, todas aparentando terem interrompido ao meio o que faziam: uma com a maquiagem pela metade, a outra com o controle do videogame em uma mão, ainda falando no headset, a terceira com a roupa de trabalho. Aquele chamado era prioridade absoluta.
Precisaram de segundos para se concentrar e começar o ritual. O som do mantra era baixo e potente, a proteção se tornava cada vez mais forte.
Quando a pequena doente começou a respirar com mais calma, o som mudou em ritmo e oscilação — uma agressividade assustadora até para quem não entendesse o que estava acontecendo. A sala com almofadas coloridas e sofá confortável não pareciam mais tão convidativos. Elas procuravam o culpado. Ninguém mexeria com uma delas e sairia impune.
Vários minutos se passaram, a concentração sendo cortada apenas pelas respirações cada vez mais cansadas. A última integrante chegou no momento em que achavam que não teriam mais forças. Surgiu esbaforida, o suor na testa evidenciando o esforço para estar presente fisicamente.
— A gente achou que você não ia conseguir chegar a tempo, Celi! — disse Paula, sem perder a concentração.
— Eu daria um jeito. A gente não pode mais deixar que a Saori fique vulnerável. Não aguento mais ver minha irmã sempre tão doente. Vamos pegar esses caras.
O alívio de Paula era perceptível até na postura. A correria do dia a dia às vezes a fazia esquecer, mas aqueles momentos provavam que ela nunca estava realmente sozinha. A rede delas era forte. E agora o coven estava completo, e nada poderia vencê-las.
Publicado na Temporada 3, Episódio 31 da Revista Faísca
Segundo semestre é uma grande loucura, né?
Então não esquece de beber água e dormir bem.
E tomar a última dose da vacina!
Até a próxima! <3