> Recebi um feedback desse texto dizendo que era irônico eu escrever sobre não saber escrever. Me tornei o tipo de escritor que escreve sobre a crise da escrita sem nunca ter publicado um livro! Achei meu diferencial.
Meu sonho o dia em que a gente parar de medir escritor por livro — mas por escrita.
Foi tão bom ter trocado ideias contigo em Paraty! Também sou fervilhada das ideias, até ponho em prática muitas delas, mas já sei que não dá tempo de fazer tudo. E escreva sim, gosto de te ler. Beijo
Vou ser super clichê, mas acho que tudo é processo e construção. E essas trocas com outras pessoas, de diferentes contextos, nos ajuda a sacar como foram percorridos os caminhos deles e nos auxiliam a entender a nós mesmos, como se a gente fosse um viajante perdido que, conversando com um, com outro, vai pegando informações pra chegar até o destino que a gente quer. Um vai nos passar uma rota com estradas asfaltadas, restaurantes na beira da pista, paisagem bonita, outros vão passar um rolê mais complexo, com trilhas íngrimes, subidas, descidas , e nisso, a gente vai pegando um pouquinho de cada rota e fazendo a nossa.
Até hoje me questiono muito sobre minhas habilidades como artista, também não tenho fôlego pra histórias longas, por exemplo, mas tem sido interessante articular a pintura, com o desenho, com o poema, com a prosa curta, e nisso sair um negócio que só agora, mais maduro, eu consigo enxergar como algo genuinamente meu, o meu ~próprio tempero~, sabe? Me dá muita ansiedade porque a gente só fareja, não tem o DETONADO dessa QUEST, mas hoje encaro como parte dessa construção.
E sobre ser irônico escrever sobre não saber escrever, me remete a alguns escritores, como o Borges, que brincavam com o leitor em justamente propor esse tipo de coisa, hehe.
> Recebi um feedback desse texto dizendo que era irônico eu escrever sobre não saber escrever. Me tornei o tipo de escritor que escreve sobre a crise da escrita sem nunca ter publicado um livro! Achei meu diferencial.
Meu sonho o dia em que a gente parar de medir escritor por livro — mas por escrita.
Foi tão bom ter trocado ideias contigo em Paraty! Também sou fervilhada das ideias, até ponho em prática muitas delas, mas já sei que não dá tempo de fazer tudo. E escreva sim, gosto de te ler. Beijo
Vou ser super clichê, mas acho que tudo é processo e construção. E essas trocas com outras pessoas, de diferentes contextos, nos ajuda a sacar como foram percorridos os caminhos deles e nos auxiliam a entender a nós mesmos, como se a gente fosse um viajante perdido que, conversando com um, com outro, vai pegando informações pra chegar até o destino que a gente quer. Um vai nos passar uma rota com estradas asfaltadas, restaurantes na beira da pista, paisagem bonita, outros vão passar um rolê mais complexo, com trilhas íngrimes, subidas, descidas , e nisso, a gente vai pegando um pouquinho de cada rota e fazendo a nossa.
Até hoje me questiono muito sobre minhas habilidades como artista, também não tenho fôlego pra histórias longas, por exemplo, mas tem sido interessante articular a pintura, com o desenho, com o poema, com a prosa curta, e nisso sair um negócio que só agora, mais maduro, eu consigo enxergar como algo genuinamente meu, o meu ~próprio tempero~, sabe? Me dá muita ansiedade porque a gente só fareja, não tem o DETONADO dessa QUEST, mas hoje encaro como parte dessa construção.
E sobre ser irônico escrever sobre não saber escrever, me remete a alguns escritores, como o Borges, que brincavam com o leitor em justamente propor esse tipo de coisa, hehe.
Bora trocando ideia e as jogando no colo uns dos outros, isso também é criar!
(e estranho eu estar lendo uma pessoa que não escreve, precisamos inventar outro verbo para você então)